O setor imobiliário sofreu um grande impacto com a pandemia do coronavírus, mas nos primeiros meses deste 2021 já conseguiu uma recuperação significativa.. As vendas aumentaram quase 2% com relação ao ano anterior durante o primeiro trimestre, os preços permanecem firmes e, no momento, as quedas são moderadas.
De acordo com o portal imobiliário Idealista, as casas avaliadas em menos de 100 mil euros, representavam 18,1% do total oferecido nas capitais dos estados em março deste ano. Pouco antes do início da pandemia, esse segmento recebia 17,6% das ofertas.
Em outras palavras, o peso das moradias populares na oferta de moradias quase não cresceu durante a pandemia do coronavírus, ao menos dentro das propriedades oferecidas na plataforma. Os proprietários ainda relutam em reduzir suas expectativas, o que dificulta ainda mais o acesso à moradia para os jovens e baixa renda, que sofreram uma queda acentuada na renda nos últimos meses.
Em Barcelona e Madri, a proporção dessas casas é notavelmente menor. Em Barcelona representam apenas 1,5% (e esta percentagem cresceu dois décimos no último ano), enquanto na capital apenas 3,8% das casas custam menos de 100.000 euros. No ano passado, seu peso chegou a 4%.
Huelva é a província espanhola com maior percentagem de apartamentos a preços acessíveis. Quase metade (49,6%) das casas à venda na cidade andaluza custam menos de 100.000 euros. Lerida se aproxima desse percentual, com 49,5% dos imóveis de baixo custo. E já em um degrau inferior estão Ávila (47,2%) e Cuenca (45%).
Por sua vez, Almería é a capital onde o peso das moradias a menos de 100.000 euros cresceu durante o ano da pandemia, passando de 38,3% para os atuais 43,6%. Seguem de perto, Granada (de 14,5% para 18,4%), Córdoba (de 24,1% para 26,7%), Ávila (de 44,6% para 47,2%) e Málaga (de 8,4% para 10,7%).
Em todo o caso, em 18 capitais o peso das casas à venda abaixo dos 100.000 euros foi reduzido.
Fonte: ABC