A taxa de desemprego caiu em 26.329 (-0,69%) pessoas em setembro, para um total de 3.776.485 de desempregados, segundo dados cadastrados na Secretaria do Estado de Emprego (SEPE). Apesar dessa melhora no mercado de trabalho ter ocorrido em um mês tradicionalmente ruim para o emprego, esses números ainda estão distantes dos níveis de fevereiro. Antes da pandemia do novo coronavírus paralisar parte da economia, o desemprego atingia 3.246.047 pessoas, ou seja, 530.438 a menos do que agora. Os números mais recentes também incluem 696.774 mais desempregados do que em setembro do ano passado.
Por outro lado, o número médio de filiados à Previdência Social aumentou em 84.013 pessoas em setembro e ficou em 18.876.389 pessoas, ainda sem recuperar os níveis de ocupação de antes da pandemia (19.250.000 filiados no passado fevereiro) e com menos 447.062 colaboradores do que no mesmo mês de 2019.
Calcula-se que cerca de 310.000 empregos já foram criados desde o final de abril, embora haja atualmente mais de 530.000 pessoas a menos trabalhando na Espanha do que antes do início da pandemia.
A Confederação Espanholas de Organizações Empresariais (CEOE) destacam também “a evolução positiva” e valoriza “o enorme esforço do setor empresarial e da classe trabalhadora para recuperar a normalidade econômica e retomar a atividade, num ambiente de grande incerteza”.
O Ministério da Segurança Social destaca que três em cada quatro pessoas incluídas no ERTE durante a pandemia saíram desta situação. O comunicado do governo destaca que é o maior aumento neste mês desde que há registros, mas é preciso lembrar que a destruição de empregos durante os meses da pandemia atingiu um total de 1,5 milhão.
Os dados da ERTE confirmam que existe um abrandamento ao nível da recuperação da atividade. “Enquanto em julho o número de trabalhadores ativados evoluiu a uma taxa de 39% e em agosto de 27,36%, em setembro era de apenas 10,28%”, relata a CEOE.