A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) do Reino Unido aprovou o uso da vacina Covid-19 desenvolvida pela empresa norte-americana Pfizer e a parceira alemã BioNTech. Dessa maneira, a nação liderada por Boris Johnson se torna o primeiro país do mundo ocidental a iniciar a vacinação contra a Covid-19 – China e Rússia realizaram processos semelhantes. O Reino Unido começará a fornecer a vacina Pfizer, da qual adquiriu 40 milhões de doses e cuja eficácia é de 95%, a partir da próxima semana. Os hospitais britânicos estão preparados para receber um fornecimento inicial de 800 mil doses do soro e iniciar a campanha de vacinação a partir da próxima semana.
A China já aprovou três vacinas experimentais em caráter emergencial e já inoculou cerca de 1 milhão de pessoas desde julho. A Rússia, por sua vez, vem vacinando os trabalhadores mais expostos ao coronavírus após a aprovação de seu antídoto Sputnik V, em agosto, e de outra vacina, em outubro, sem esperar a conclusão dos testes de segurança e eficácia da última etapa. No entanto, o início da vacinação em massa da população russa não é esperado até pelo menos o final do ano.
Segundo o Secretário da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, já existem 50 British Health Hospitals (NHS) prontos para iniciar a aplicação da vacina, isso significa que os centros estão equipados com freezers capazes de manter o soro a 70 graus abaixo de zero, um dos desafios que apresenta o antídoto da Pfizer. O governo britânico também criou centros de vacinação específicos com capacidade de realizar esse armazenamento.
Cada pessoa precisará de duas doses da vacina e espera-se que os primeiros grupos a receberem a vacina sejam idosos, profissionais da saúde, residentes de hospitais geriátricos e pessoas clinicamente vulneráveis. É uma ordem de prioridade muito semelhante à estabelecida no plano de vacinação do Governo espanhol para a Covid-19.