O setor de turismo sofreu muito com o impacto da crise do coronavírus e aguarda a chegada do verão com um misto de esperança e medo. Esperança porque acredita que pode marcar a recuperação. E medo por que, senão, a crise atual será ainda mais profunda do que já é.
Javier Campo, presidente da Aecoc, acredita que a chave para alavancar a recuperação seja a vacina. Campo declarou sobre a imunidade de rebanho e afirmou que mesmo com 70% da população vacinada com uma primeira dose somente em setembro, para hotelaria e turismo não serve de nada: “A taxa de vacinação na Espanha não é ruim, mas é insuficiente. Não é aceitável alcançarmos “imunidade de rebanho” em setembro. Podemos fazer melhor. E, se o fizermos bem, podemos consegui-lo no início de julho”, afirmou.
No melhor dos casos, Campo garantiu que o fluxo de turistas estrangeiros chegará a 42 milhões, ante 83 milhões de 2019; e que as receitas ficarão em 46.600 milhões de euros, metade dos 93.000 milhões de euros em 2019. Esta fragilidade que o setor atravessa e os meses de dificuldades que se avizinham, é o que levou também o diretor-geral da Aecoc a solicitar que o ERTE se mantenha pelo menos até o final do ano para proteger os trabalhadores.
Campo explicou que o PIB associado ao turismo diminuiu 66%, para 95 mil milhões de euros; e que a ajuda recebida por meio de ferramentas como o ERTE ou as provenientes da UE não chega a 30 bilhões.
Se esse “buraco colossal” não for preenchido, o setor não morrerá, mas também não poderá contratar, abrir estabelecimentos, inovar, entre outras necessidades do turismo.
Fonte: La Razón