A Semana Santa se aproxima e, devido aos atrasos iniciais na vacinação, os grupos mais vulneráveis ainda não estão protegidos contra a SARS-CoV-2. Para analisar quais medidas melhorariam a estratégia de vacinação, uma equipe de especialistas da Universidade Politécnica de Madrid (UPM) concluiu que atrasar a Páscoa por três semanas poderia ser um grande aliado contra a Covid-19.
Assim, de acordo com a segunda parte do estudo “Eficácia das medidas tomadas para conter a pandemia e otimização da eficácia da estratégia de vacinação”, o adiamento do feriado nacional da Sexta-feira Santa, atualmente previsto para 2 de abril passaria para 23 de abril, em coordenação com os feriados tradicionalmente associados a esses dias e com os centros educacionais. Essa mudança poderia render uma maior taxa de vacinação de pessoas vulneráveis no início de abril e reduzir o risco de contaminação que muito ocorre nos períodos festivos, como se observou em dezembro.
Atrasar a Páscoa em três semanas significaria uma redução muito considerável em termos de internações e óbitos, já que cerca de 70% dos falecidos têm mais de 80 anos. Assim, em um surto como o de janeiro com 500 mortes por dia durante algumas semanas, o adiamento da Semana Santa por 21 dias poderia permitir evitar cerca de 300 mortes por dia se a vacinação quase completa dessa faixa etária fosse alcançada. Como não estamos nesse pico hoje, a bifurcação depende de como a pandemia evolui. Assim, no caso de uma recuperação acentuada (embora não como em janeiro), o adiamento deste feriado poderia prevenir entre 50 e 200 mortes por dia dependendo da cepa e da situação epidemiológica.
E aí, curtiu?
Você apoia o adiamento da Semana Santa? Já tem planos para este feriado!?
Deixe suas dúvidas nos comentários e envie esse post para aquele amigo que concorda (ou não) com esse estudo!