A vacina de coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford com a empresa farmacêutica AstraZeneca apresentou seus primeiros resultados de ensaios clínicos de fase 3. Segundo dados do Financial Times, os testes demonstraram uma resposta imunológica significativa nos idosos.
O jornal britânico afirma através de fontes próximas ao projeto, que o composto já provoca o desenvolvimento de anticorpos e células T em pessoas com mais de 55 anos, faixa etária mais afetada pelo Covid-19 e que pode marcar a maior ou menor eficácia de vacinas.
Embora a Universidade de Oxford ainda não queira comentar oficialmente as informações, o Financial Times garante que os testes de exames de sangue de imunidade sanguínea do grupo de 18 a 55 anos serão publicados em breve.
Deve-se ter muita cautela sobre este assunto visto que esses tipos de dados já levaram, anteriormente, uma resposta imunológica significativa de 56 dias. Nesse período, o composto gerou anticorpos e células T, essenciais no combate ao coronavírus em longo prazo, mas não significa que sua eficácia já tenha sido demonstrada. Somente através de muitas pesquisas podem confirmar o que é seguro, que os resultados obtidos são estáveis e que não há sequelas para quem recebe.
O Governo Britânico já pensa quais os grupos que receberiam primeiro a vacina já que assessores médicos dizem que poderiam obtê-la num futuro próximo. Segundo a imprensa inglesa, os primeiros seriam os trabalhadores essenciais, aqueles que terão de fazer frente à segunda onda. Natal. A data mais otimista, ainda como cálculo e não oficialmente definida, seria janeiro de 2021.
Para o poder Executivo, essa hipótese não há consenso já que ainda existem muitas incertezas sobre a vacina que estão desenvolvendo. O projeto também terá que ser aprovado pelo regulador britânico, a Agência do Reino Unido para Medicamentos e Produtos de Saúde, o que pode atrasar um pouco mais o processo e sua distribuição para o resto do mundo.