Sócios-diretores de 27 das principais firmas analisaram para o informativo CincoDías os desafios que o ano de 2021 representará para a Espanha e para o setor de escritórios de advocacia.
A vacina contra a Covid-19, a injeção de fundos europeus e a grande liquidez do mercado permitem que os sócios-gerentes de 27 dos principais escritórios do país analisem com otimismo o ano que está por vir. Fala-se mais em recuperação econômica do que em recessão, mas esses líderes também destacam cuidados importantes. Nesse sentido, é surpreendente a desconfiança que muitos deles demonstram em relação à gestão da classe política, a qual exige fazer o máximo esforço para poder aproveitar o que vem da União Europeia.
Por outro lado, e de acordo com a avaliação feita pela CincoDías, a grande maioria dos sócios-gestores admite que a pandemia constituiu um enorme desafio interno que obrigará a uma revisão das formas de trabalho e ao avanço nas fórmulas de flexibilidade laboral com os profissionais. Embora não pareça que o teletrabalho tenha vindo para ficar, abriu-se um espaço para muitos avanços no ambiente de trabalho.
Também existem preocupações com a sustentabilidade das próprias empresas em relação às novas necessidades de alguns clientes que, mais do que nunca, estão exigindo mais. Por isso, 2021 apresenta-se como um divisor de águas para o setor.
Para Fernando Vives, presidente executivo do escritório de advocacia Garrigues, reconhecido mundialmente, um dos principais desafios dos grandes escritórios é garantir que a sustentabilidade seja como uma empresa e, em paralelo a isso, ajudar os clientes a tomarem as decisões mais adequadas neste contexto, ao mesmo tempo que enfrentam os desafios da sustentabilidade e da digitalização.