Astrazeneca, Janssen, Pfizer e Moderna. Você provavelmente tem escutado muito sobre as vacinas tão esperadas contra o Covid-19, mas sabe exatamente o que as diferencia uma das outras?
Ao contrário das vacinas Covid-19 da Pfizer e Moderna, que usam uma nova tecnologia envolvendo RNA mensageiro, a vacina Janssen e Astrazeneca usa um método testado há anos: o adenovírus inativado.
No caso da Janssen, é utilizado um adenovírus que infecta humanos. É uma versão geneticamente modificada do adenovírus que pode causar o resfriado comum, mas a modificação genética o desativou. Ele também fornece instruções genéticas para a produção de um pedaço de proteína spike.
Os Estados Unidos já aprovaram a vacina Covid-19 da Janssen para uso emergencial. A empresa farmacêutica fornecerá até 200 milhões de doses para a União Europeia ao longo de 2021. Até 10 por cento serão enviados para a Espanha.
Uma das diferenças mais importantes que a vacina da Janssen – subsidiária da Johnson & Johnson – tem em relação às da Pfizer, Astrazeneca e Moderna é que é em dose única. Isso significa que, se for concluído o embarque de 20 milhões de vacinas para a Espanha, 20 milhões de pessoas poderão ser vacinadas. Isso equivale a mais de 42% da população.
A logística da vacina Janssen também é mais simples. Pode ser refrigerada por cerca de três meses em temperaturas menos frias do que o resto, o que torna o transporte e armazenamento muito menos complicados. A Pfizer, por outro lado, precisa armazenar os frascos não diluídos em um freezer entre -80ºC e -60 graus Celsius.
Já as vacinas Astrazeneca e Moderna podem ser estáveis entre 2ºC e 8ºC. No caso da Moderna, pode ser conservado assim por até 30 dias e dura até seis meses a -20ºC, temperatura de um freezer padrão. Astrazeneca não pode ser congelada.
Outra diferença está na eficácia das quatro vacinas. Em termos gerais e quando os casos moderados são incluídos, o da Janssen cai para 66 por cento, abaixo dos 95 por cento dos da Pfizer-BioNTech e Moderna.